sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Guilard Alves (Árbitro)


Sempre inovando, tanto em estrutura quanto na parte editorial, a Federação Bahiana de Futebol traz um novo formato de matéria, com linguagem diferenciada. Neste texto, estamos estreando uma série de perfis com profissionais e colaboradores do futebol baiano.

Começamos com Guilard Giulius Cícero Alves, 36 anos, que é formado em Administração e, quando escalado, árbitro nas competições da FBF. Seu primeiro nome é um sobrenome francês, o segundo é de grafia italiana. “São coisas que nossos pais fazem com a gente, né?”.

Formou-se pelo Sindicato Baiano de Árbitros em conjunto com o CEFET, em 2006, mas já era praticante desde os campeonatos de várzea. Jogava como goleiro, o juiz não apareceu e ele quis ver como se saía. Interessou-se pelo que foi descobrindo e pelas boas críticas. Trocou uma das profissões mais ingratas do futebol por outra, seu carma é agüentar a pressão da torcida.

Tendo apitado em todas as competições organizadas pela FBF, nesses cinco anos de arbitragem já participou de quatro edições do Campeonato Intermunicipal. Recentemente, na 3ª rodada, apitou o jogo entre Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos (14/08), no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

Guilard fala da profissão com apreço. Foi ensinado a dar igual importância a um torneio de futebol de botão e a um jogo da 1ª Divisão do Baianão. Seu amor pelo futebol é tanto, que talvez seu nível de concentração tenha atingido um status sobrenatural.

Ele diz ser possível distinguir uma só voz num estádio cheio. Isso já lhe aconteceu num BA-VI, jura ele. Para dar um exemplo mais plausível – e não deixar a impressão de que é filiado a alguma federação futebolística de mutantes –, conta que certa vez uma torcedora comentava cada passo seu até o ponto que, em meio a 3 mil pessoas, ele se virou e a identificou de primeira. “Eu sabia que você ia olhar!” Não o estava paquerando, mas tentando desconcentrá-lo.

 
 Guilard (centro), apitando no Campeonato Baiano Infantil/Juvenil, no Barradão. (Acervo pessoal)

Deixando as brincadeiras de lado – quase impossível com um sujeito que mostra bom humor do início ao fim da conversa –, falamos sobre temas mais sérios, como o preenchimento da súmula. “Todo o meu trabalho dentro desses cinco anos pode ser arruinado por erros no preenchimento das súmulas”.

O modelo usado agora, diz ele, é “bem resumido, numa folha você já coloca tudo”, não tem de escrever o nome do jogador várias vezes a cada cartão dado, o que lhe fazia perder muito tempo após a partida.

A tendência é que seu trabalho continue a ficar cada vez mais prático e apresente menos chances de erros. “A Federação tem ajudado bastante no nosso trabalho. No campeonato feminino, foi a única federação cujos árbitros puderam trabalhar com comunicação a rádio, para fazer testes”.

Ele conta ainda que as constantes avaliações físicas da FBF, junto com as palestras e documentos com atualizações forçam os árbitros a buscarem melhorias, para continuarem sendo escalados e lembrados. “Você sabe que está indo bem na carreira quando é constantemente lembrado, quando é escalado para apitar as partidas. Até agora, acredito que tenho feito um bom trabalho, e é por isso que tenho sido lembrado”.


Fonte: http://www.fbf.org.br/

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